Os fariseus na bíblia sagrada! Este caras constituíam um grupo entre os judeus que desempenharam um papel proeminente no Novo Testamento. Notadamente opondo-se fortemente ao ministério de Jesus Cristo.
Eles representavam um dos principais grupos dentro da comunidade judaica, juntamente com os saduceus e os essênios.
Você sabe o significado de Fariseus?
O termo “fariseu” provavelmente deriva do verbo hebraico parash, que significa “separar” ou “dividir”. Se essa interpretação estiver correta, o termo “fariseu” poderia ser traduzido como “povo segregado” ou “os que separam”.
A natureza exata da separação dos fariseus permanece incerta. Algumas interpretações sugerem que se referia a uma separação das impurezas e práticas mundanas, enquanto outros propõem uma possível conotação política ou histórica.
Qual seria as origens dos fariseus?
As origens dos fariseus são debatidas com teorias diversas. Porém nenhuma considerada como totalmente precisa. Sugere-se que tenham surgido durante o tempo de Esdras e Neemias, rejeitando práticas pagãs adotadas após o exílio babilônico.
Outra hipótese é que se originaram entre os escribas que continuaram o trabalho de Esdras no estudo e na estrita adesão à Lei. Podem também ter emergido em oposição à influência helenística durante o governo de Antíoco Epifânio.
Provavelmente, os fariseus surgiram antes da guerra dos macabeus. Eles tinham o propósito de resistir aos costumes helenísticos por meio de uma rígida observância da Lei de Moisés, sendo os “piedosos” (hasidins) seus precursores.
É historicamente registrado que os fariseus apareceram com esse nome durante o governo de João Hircano.
Isso ocorreu por volta de 135 a 105 a.C. Embora João Hircano tenha inicialmente sido um fariseu, mais tarde separou-se desse grupo, tornando-se adepto dos saduceus.
Essa divisão levou a uma perseguição aos fariseus, especialmente durante o reinado de Alexandre Janeu, filho de João Hircano.
No entanto, a influência significativa que exerciam entre o povo levou a esposa de João Hircano a favorecer os fariseus.
Os ensinamentos dos fariseus.
Os fariseus eram reconhecidos por sua estrita observância não apenas da Lei escrita, mas também da tradição oral.
Eles acreditavam que essa tradição, remontando aos tempos de Esdras e passando por profetas, anciãos, Josué e finalmente a Moisés, necessitava ser seguida com rigor, honrando-a até mais que a própria Lei escrita.
Sua doutrina incluía a soberania de Deus nos decretos divinos. Também a responsabilidade moral do homem, a imortalidade da alma, a existência dos espíritos e a ressurreição do corpo.
Criam também na retribuição, em que castigos e recompensas estavam reservados para a vida futura baseada na vida presente.
Os fariseus enfatizavam a importância do dízimo e a observância rigorosa das leis do sábado. A religiosidade era tão cega, que alguns chegavam defenderem que, se alguém estivesse com a garganta irritada num sábado, poderia ingerir vinagre, mas não fazer gargarejo, considerado um tipo de trabalho.
Os fariseus nos tempos de Jesus Cristo
Durante o tempo de Jesus, o partido dos fariseus aparentemente não incluía sacerdotes em sua maioria. Assim sendo possivelmente formado em sua maioria por escribas. No Novo Testamento, os fariseus são mencionados principalmente de forma negativa.
Jesus frequentemente criticou o farisaísmo por sua hipocrisia e orgulho ao demonstrar uma religião externalizada, que se traduzia em exibicionismo e falsa santidade.
Embora os fariseus estivessem corretos em muitos aspectos doutrinários, sobrecarregavam o povo com uma religiosidade que nem eles mesmos conseguiam cumprir. Isso devido a um entendimento equivocado sobre a justificação pelas obras.
Consequentemente, Jesus os descreveu como “sepulcros caiados” e os responsabilizou pela perseguição dos profetas e homens justos desde Abel até Zacarias.
Para Jesus, os fariseus eram como cegos conduzindo outros cegos. Antes de Jesus, João Batista também os reprovou, chamando-os de “raça de víboras”.
Embora alguns fariseus tenham mostrado respeito por Jesus, como Nicodemos, que provavelmente se tornou seguidor de Jesus; em geral, participaram ativamente na conspiração contra a vida de Jesus.
O Talmude classifica os fariseus em diferentes categorias, distinguindo entre aqueles que agiam com falsa humildade, exibindo suas boas obras, e aqueles que demonstravam sinceridade em seu amor por Deus.
Além de Nicodemos, a Bíblia menciona outros membros notáveis desse grupo, como o mestre Gamaliel e o próprio Paulo de Tarso antes de sua conversão ao cristianismo.
O historiador judeu Flávio Josefo também era fariseu e fornece valiosas informações sobre o farisaísmo em seus escritos.
Após a revolta contra Roma e a queda de Jerusalém em 70 d.C., grupos como os saduceus, essênios e zelotes desapareceram. Após isso os fariseus se tornaram a principal expressão da religião judaica, de modo que o farisaísmo gradualmente se tornou sinônimo do judaísmo.